quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

O crente pode ser possuído por um demônio?

Por Jesué da Silva Andrade.

Essa também é uma duvida comum em muitas pessoas, e que de vez em quando sou confrontado com ela. Porém dentro desta pergunta é preciso esclarecer o que as pessoas entendem como “crente”. Se “crente” for no sentido puramente religioso da palavra, o que é muita das vezes, sinônimo de ser “evangélico”, ou “protestante”. E ai, eu tenho que dizer claramente que nem todo “protestante”, ou “evangélico” são de fato pessoas que creram verdadeiramente em Cristo Jesus, como Senhor e Salvador de suas almas.

Neste caso estas pessoas são religiosas como, muitos católicos, espíritas, judeus, candomblés, islamitas, budistas e etc. E independente do que estas pessoas pensam, fazem, ou falam, elas não são salvas, e devido a isto elas ainda pertencem ao reino das trevas, embora elas acreditem em Deus, e que sua religião esteja de acordo com a vontade Dele, na realidade elas ainda  estão mortas em seus delitos e pecados, e andam segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, o espírito que agora opera nos filhos da desobediência,( Efésios 2. 1-3). Estes são o que chamamos de “crente meramente professo”, ou seja, eles dizem que creem em Jesus Cristo, como Senhor e Salvador. Mas na realidade nunca de fato se converteram a Ele. Praticamente são como os fariseus, saduceus, e escribas dos tempos bíblicos. Onde o próprio Senhor Jesus diz: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim.”, (Marcos 7. 6).

Neste sentido estas pessoas nunca saíram do domínio das trevas, e consciente ou inconscientemente, parcial, ou completamente elas estão realizando é a vontade do inimigo de nossas almas, que as estão conduzindo para uma perdição eterna, através do engodo da religião. Pois elas não são salvas, e independente da posição, e do que elas fazem em suas respectivas religiões, por mais sincera que sejam verdadeiramente elas não são crentes no Senhor Jesus.

Ser um crente no Senhor Jesus, é alguém que ao ouvir o evangelho, reconheceu o seu pecado, o seu estado de miséria diante de Deus que iria castigar todos os seus pecados, e aceitou pela fé a oferta de salvação que Deus lhe propôs, mediante a Obra Redentora do Senhor Jesus Cristo na cruz do Calvário. Não é uma questão de pertencer à religião “a” ou “b”, mas de se apropriar pela fé do único, e especial plano de redenção que Deus realizou para a salvação do ser humano. Não é ser religioso, mas é ser reconciliado com Deus mediante a Obra vicária de Cristo.

Tendo esclarecido isto, fica bem claro que não, o verdadeiro crente no Senhor Jesus Cristo não pode ser possuído por um demônio. E podemos destacar aqui dois fatos fundamentais sobre esta verdade.

I. Ele foi transportado da morte para vida: “ Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.”, (João 5. 24). Observe que estas palavras são ditas pelo próprio Senhor Jesus Cristo. Ele diz claramente que os que ouvem sua palavra, e crê  Naquele que o Enviou, este têm a vida eterna. Se no momento em que cremos no Senhor Jesus passamos ter a vida eterna, já indica que não podemos ser possuídos pelo inimigo, pois, neste caso esta vida não seria eterna. Mas observe que o Senhor ainda diz que estes não entrarão em condenação. Ou seja, não há como eles serem condenados, pois agora tem a vida eterna e por quê? Porque passaram da morte (neste caso aqui é a morte espiritual, o estado de separação que o ser humano sem Cristo se encontra), para a vida, a vida eterna que Deus oferece a todo o que crê em Seu Unigênito Filho. Em outras palavras no momento da nossa conversão nos fomos transportados do reino das trevas, onde o inimigo das nossas almas impera, para o Reino do Filho do Seu Amor veja Colossenses 1. 3. E Deus jamais irá permitir que o inimigo governasse nossas vidas novamente.

II. Ele tem o Espírito Santo habitando em si:E no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. E isto disse ele do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado.”, “ Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa. O qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão de Deus, para louvor da sua glória.”, (João 7. 36-38: Efésios 1. 13-14).


No primeiro texto vemos o Senhor Jesus fazendo a promessa da vinda do Espírito Santo. Ele diz claramente que os que cressem Nele, do seu interior fluiriam rios de águas vivas. E o apostolo João destaca que Cristo estava se referindo com esta expressão ao Espírito Santo, que iria ser dado quando Jesus fosse glorificado. Observe que João fala do Espírito que iam receber os que Nele (o Senhor Jesus Cristo) cressem.

Já o apostolo Paulo escrevendo aos Efésios muitos anos depois deste relato do apostolo João. Diz que os cristãos de Efeso, já tinham recebido o Espírito Santo no momento em que eles creram no Senhor Jesus Cristo como Senhor e Salvador de suas almas. Aqui a promessa feita pelo Senhor Jesus já tinha se cumprido, pois o Espírito Santo já havia sido enviado no dia  de Pentecostes cerca de dez dias depois da ascensão do Senhor Jesus na gloria. Observe que os Efésios receberam o Espírito Santo no momento em que creram, pois foi: “depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa”. Todo o verdadeiro cristão, ou crente no Senhor Jesus Cristo recebeu o Espírito Santo no momento da sua conversão. Isto não é algo que sentimos, mas é algo que cremos, pois assim está escrito na palavra de Deus. E uma vez que o Espírito Santo habita em cada crente que verdadeiramente se converteu ao Senhor, é impossível o inimigo se apossar desta pessoa novamente. Pois o Espírito Santo é Deus, e Deus é todo poderoso, e jamais o inimigo poderá possuir alguém que tem o Deus todo poderoso habitando dentro de si, na Pessoa Bendita do Espírito Santo.
Existem outros fatores que destacam esta verdade, mas pela falta de tempo não vamos entrar nelas. 

Creio porem que estes dois são mais do que suficiente para destacar claramente que uma vez que a pessoa se arrependeu e verdadeiramente se converteu ao Senhor Jesus Cristo, esta não será possuída por um demônio. Ele será tentado em todas as formas de tentações possíveis. Pois embora o inimigo não domine mais esta vida, ele pode torna-la inútil no serviço que este tenha que realizar aqui na Obra de Deus, durante sua peregrinação terrena. Por isto a necessidade constante de cada crente estar em vigilância e oração.


Satanás não pode possuir o verdadeiro crente, mas pode aniquilar o seu testemunho, e prejudicar sua comunhão com Deus, através da opressão deste mundo tenebroso, e das inclinações maléficas de nossa carne, coisas com as quais eu e você teremos que combater durante toda a nossa vida aqui neste mundo. Mas Deus em sua infinita graça já forneceu os recursos necessários para podermos vencer as investidas do inimigo de nossas almas, Efésios 6. 10-18. Bastam nós usarmos estes recursos, que estão a nossa disposição.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

A mulher pode ou deve usar véu ?


Por José Carlos Jacintho de Campos.



Está se tornando usual, em nossos dias, a aplicação indevida dos verbos poder e dever. Conforme a conveniência ou ponto de vista que se queira defender, dissimuladamente fazem a substituição desses verbos em artigos ou comentários bíblicos, que passam desapercebidos pelos menos atentos, gerando costumes ou tradições ao arrepio da sã doutrina.
O verbo poder representa a faculdade ou possibilidade de fazermos alguma coisa de acordo com o nosso livre arbítrio. Tanto é verdade que esse verbo não é conjugável no modo imperativo. Já o verbo dever tem o significado absoluto de ter a obrigação de fazer-se aquilo que está determinado ou sugerido.
Para exemplificar: podemos cometer pecado? Sim, porque isto faz parte da influência carnal que possuímos, está dentro da nossa capacidade física ou mental, por isso pecamos e diariamente temos que confessar os nossos pecados a Deus (I Jo.1:8-10). Por outro lado, devemos viver assiduamente no pecado? Claro que não, pois isto está claramente determinado na Palavra de Deus que não devemos permanecer no pecado tendo em vista que é nisto que se diferenciam os filhos de Deus e os filhos do diabo (I Jo.3:9-10). Portanto, nem tudo que se pode fazer é o que deve ser feito, sob pena de estarmos pecando e nos identificando com os desobedientes a Deus.
Ninguém, em sã consciência, discordará da afirmação de Paulo que os maridos devem amar as suas esposas assim como Cristo amou a igreja a ponto de Se entregar por ela (Ef.5:22-33). Sabiamente as mulheres dão grande ênfase a esta passagem, tendo em vista que a elas é determinado que sejam submissas aos seus maridos, como ao Senhor, logo a recíproca tem que ser verdadeira, ou seja, as mulheres se submetem por obediência ao Senhor e, em nome dessa mesma obediência, seus maridos lhes devem amor na mesma plenitude que Cristo amou a Sua igreja.
O que causa estranheza é que o mesmo vernáculo - deve - usado em Ef.5:28, que no original grego denota uma inquestionável obrigação moral, não é aceito, principalmente pelas mulheres, em ICo.11:10 que afirma que a mulher deve trazer um sinal de submissão ou autoridade em sua cabeça por causa dos anjos. Nesta passagem o verbo está conjugado no modo imperativo afirmativo, que não deixa nenhuma dúvida quanto a ordem nele contida. Como é possível o mesmo verbo ter sentidos diferentes em Ef.5:28 e ICo.11:10? Dever implica em obrigação, logo, não cumprir com aquilo que é determinado na Bíblia é desobediência a Deus.
É impressionante como muitas pessoas têm gasto um precioso tempo levantando argumentos, até mesmo absurdos, para justificar o descumprimento da determinação bíblica que a mulher deve cobrir a sua cabeça nas reuniões da igreja. Esses argumentos geram uma confusão tamanha que faz com que as lideranças de algumas igrejas locais deixem o uso do véu a critério pessoal de cada irmã, como se houvesse duas verdades na Bíblia.
A isto chamamos de a Síndrome de Pilatos, ou seja, conhece-se a verdade, porém, é "politicamente correto" não aplicá-la, com isso, "lavam-se as mãos" jogando a responsabilidade da decisão sobre as mulheres. Esse procedimento, de não assumir responsabilidades, foi utilizado por Pilatos para encaminhar Jesus Cristo para a morte. Por definição: responsabilidade não se transfere, assume-se para não se tornar um irresponsável.
Creio ser oportuno avaliarmos alguns dos argumentos apresentados por aqueles que procuram justificar a desobediência do não uso do véu, pelas mulheres, nas reuniões públicas realizadas pela igreja local:
Está se tornando usual, em nossos dias, a aplicação indevida dos verbos poder e dever. Conforme a conveniência ou ponto de vista que se queira defender, dissimuladamente fazem a substituição desses verbos em artigos ou comentários bíblicos, que passam desapercebidos pelos menos atentos, gerando costumes ou tradições ao arrepio da sã doutrina.
O verbo poder representa a faculdade ou possibilidade de fazermos alguma coisa de acordo com o nosso livre arbítrio. Tanto é verdade que esse verbo não é conjugável no modo imperativo. Já o verbo dever tem o significado absoluto de ter a obrigação de fazer-se aquilo que está determinado ou sugerido.
Para exemplificar: podemos cometer pecado? Sim, porque isto faz parte da influência carnal que possuímos, está dentro da nossa capacidade física ou mental, por isso pecamos e diariamente temos que confessar os nossos pecados a Deus (I Jo.1:8-10). Por outro lado, devemos viver assiduamente no pecado? Claro que não, pois isto está claramente determinado na Palavra de Deus que não devemos permanecer no pecado tendo em vista que é nisto que se diferenciam os filhos de Deus e os filhos do diabo (I Jo.3:9-10). Portanto, nem tudo que se pode fazer é o que deve ser feito, sob pena de estarmos pecando e nos identificando com os desobedientes a Deus.
Ninguém, em sã consciência, discordará da afirmação de Paulo que os maridos devem amar as suas esposas assim como Cristo amou a igreja a ponto de Se entregar por ela (Ef.5:22-33). Sabiamente as mulheres dão grande ênfase a esta passagem, tendo em vista que a elas é determinado que sejam submissas aos seus maridos, como ao Senhor, logo a recíproca tem que ser verdadeira, ou seja, as mulheres se submetem por obediência ao Senhor e, em nome dessa mesma obediência, seus maridos lhes devem amor na mesma plenitude que Cristo amou a Sua igreja.
O que causa estranheza é que o mesmo vernáculo - deve - usado em Ef.5:28, que no original grego denota uma inquestionável obrigação moral, não é aceito, principalmente pelas mulheres, em ICo.11:10 que afirma que a mulher deve trazer um sinal de submissão ou autoridade em sua cabeça por causa dos anjos. Nesta passagem o verbo está conjugado no modo imperativo afirmativo, que não deixa nenhuma dúvida quanto a ordem nele contida. Como é possível o mesmo verbo ter sentidos diferentes em Ef.5:28 e ICo.11:10? Dever implica em obrigação, logo, não cumprir com aquilo que é determinado na Bíblia é desobediência a Deus.
É impressionante como muitas pessoas têm gasto um precioso tempo levantando argumentos, até mesmo absurdos, para justificar o descumprimento da determinação bíblica que a mulher deve cobrir a sua cabeça nas reuniões da igreja. Esses argumentos geram uma confusão tamanha que faz com que as lideranças de algumas igrejas locais deixem o uso do véu a critério pessoal de cada irmã, como se houvesse duas verdades na Bíblia.
A isto chamamos de a Síndrome de Pilatos, ou seja, conhece-se a verdade, porém, é "politicamente correto" não aplicá-la, com isso, "lavam-se as mãos" jogando a responsabilidade da decisão sobre as mulheres. Esse procedimento, de não assumir responsabilidades, foi utilizado por Pilatos para encaminhar Jesus Cristo para a morte. Por definição: responsabilidade não se transfere, assume-se para não se tornar um irresponsável.
Creio ser oportuno avaliarmos alguns dos argumentos apresentados por aqueles que procuram justificar a desobediência do não uso do véu, pelas mulheres, nas reuniões públicas realizadas pela igreja local:


O ARGUMENTO RESTRITIVO:

O assunto seria específico à igreja em Corinto. Os que assim argumentam se estribam no erro de que a primeira epístola aos Coríntios se prende obstinadamente a fatos locais, logo, o uso do véu pelas mulheres seria específico para aquela igreja local.
Sem dúvida, essa afirmação é absurda, pois é claríssima a universalidade da epístola ... à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para serem santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome do Senhor Jesus, Senhor deles e nosso (ICo.1:2). Será por demais pretensioso afirmar que os males que afligiam aquela igreja jamais ocorreriam em outras. O Espírito Santo orientou Paulo nesse sentido a fim de que as demais igrejas aprendessem com os erros cometidos por aqueles irmãos e evitassem os mesmos procedimentos.
Sabemos que apesar dessas admoestações, esses erros não deixaram de ser praticados, pois, ainda hoje, cometem-se os mesmos pecados apesar das advertências contidas nessa carta. Dizer-se que assuntos correlatos à ordem nos cultos, a participação na ceia, o ordenamento dos dons espirituais, a sublimidade do amor, a ressurreição dos mortos, e os assuntos pertinentes à coleta, seriam específicos à igreja em Corinto, no mínimo é por desconhecimento bíblico, pois, se for de caso pensado é de má fé.

O ARGUMENTO CULTURAL:

O uso do véu seria um costume social da época em Corinto. Pelo fato de Paulo fazer uma referência quanto ao costume social do tamanho do cabelo a ser usado por homens e mulheres (ICo.11:14-15), isto não significa que ele estivesse fazendo o mesmo com o véu.
A comparação é uma figura de linguagem que facilita o ensino ou a explicação sobre determinado aspecto. Um quilo de ilustração vale por uma tonelada de explicações, porém, quando o espírito farisaico prevalece não há ilustração que dê jeito. Lembremo-nos das parábolas de Cristo e a rebeldia dos judeus.
Se a afirmação que o uso do véu para as mulheres é coisa do passado e era aplicado somente naqueles dias, isto vale dizer que o inverso também é verdadeiro, ou seja, os homens de hoje deveriam orar com as suas cabeças cobertas, pois Paulo teria determinado somente para aquela época que o homem devia, ao contrário das mulheres, orar com a cabeça descoberta (ICo.11.4). Teriam, porventura, os homens de hoje usar o "tallith" (um xale de quatro pontas) sobre suas cabeças como faziam e fazem atualmente os judeus que oram com a cabeça coberta nas sinagogas, tendo em vista que o costume da cabeça descoberta seria somente para aquela época?
Percebem o absurdo dessa interpretação! Se não bastasse isso, se o uso fosse válido somente para aquela época, isto equivale dizer que hoje em dia os anjos do Senhor não mais estariam ao redor daqueles que O temem. O verso 10, de ICoríntios 11, é claríssimo, a mulher deve trazer a cabeça coberta por causa dos anjos. Se ensinarmos que a mulher não deve usar véu é o mesmo que dizer que os anjos não existem ou não atuam mais!
O escritor aos Hebreus não deixa dúvida quanto ao ministério dos anjos junto à igreja ... são todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor dos que hão de herdar a salvação (Hb.1:14). Os anjos do Senhor não podem contemplar a desobediência das servas, pois o uso do véu pela mulher é um sinal da sua submissão, assim como eles são submissos e se cobrem com as suas asas ao comparecerem perante o Trono de Deus (Is.6:2).
Com base nesse mesmo trecho de Isaías 6:2, há afirmações incorretas de que o homem também deveria cobrir a cabeça em suas orações a Deus. A Palavra de Deus é claríssima a esse respeito ... na verdade, o homem não deve cobrir a cabeça por ser ele imagem e glória de Deus... (ICo.11:7).
Convém ressaltar que o citado verso 10, de I Coríntios, contém uma profunda sabedoria. O vernáculo grego exousia significa "o direito de fazer alguma coisa", ou seja, a cabeça coberta da mulher lhe outorga autoridade para orar, adorar e exercer os seus dons espirituais, e, com essa atitude, ela se legitima perante os anjos e concomitantemente perante a igreja, conforme versos 13 e 16 de I Coríntios 11. Portanto, fica extremamente claro que essa legitimidade é manifestada pelo véu que a mulher trouxer na sua cabeça, pois, o exercício da sua autoridade está sendo demonstrado pelo sinal da sua submissão. Isto é sabedoria de Deus!
É lamentável a errônea interpretação de que a sujeição das mulheres pelo uso do véu é um sinal de que elas são inferiores aos homens. Isto é ignorância! Submissão não é sinônimo de inferioridade. Jesus sujeitou-Se ao Pai, porém, jamais Lhe foi inferior porque Ele - assim como o Pai - é Deus. Jesus deixou claro isso ao afirmar que enquanto ele aqui estivesse o Pai seria maior e não melhor que Ele. Isto diferencia sujeição de inferioridade (Jo.10:30; 17:11,21-23). Qualquer outra interpretação fica por conta do inimigo das nossas almas.


O ARGUMENTO DA SUBSTITUIÇÃO:

O cabelo comprido substitui o uso do véu na igreja. Jamais Paulo fez tal afirmação. O uso da figura de linguagem do cabelo comprido das mulheres, que para elas era uma glória, pois a cabeleira lhe fora dada em lugar da mantilha (ICo.11.15), é uma explicação à sua própria indagação ... julgai entre vós mesmos: é conveniente que uma mulher ore com a cabeça descoberta a Deus? (ICo.11.13). Essa figura de linguagem em hipótese nenhuma anula a obrigatoriedade do cumprimento do verso 10.
É erro grotesco afirmar-se que o cabelo comprido do verso 15 substitui o véu do verso 6, pois os vernáculos usados no original grego para essas vestimentas não são os mesmos, ou seja, no verso 6 trata-se realmente de um véu, peça de tecido mais leve, e no verso 15 de mantilha, vestimenta feminina mais pesada.
Aprendemos em Hermenêutica que em nenhuma hipótese devemos fixar uma doutrina ou norma tendo como base uma figura de linguagem, pois ela serve somente para ilustrar. Aquilo que está sendo ilustrado é que deverá prevalecer.

O ARGUMENTO DA AUSÊNCIA:

Se não houver varão presente às reuniões a mulher pode orar sem véu. Outra afirmação improcedente. O que é que tem haver uma coisa com a outra. A mulher não usa véu por causa do homem, mas por causa dos anjos, como sinal da sua autoridade e submissão à ordenança contida na Palavra de Deus. Os versos 5 e 6, de I Coríntios 11, são extremamente claros ... toda mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta desonra a sua cabeça, porque é a mesma coisa como se estivesse rapada. Portanto, se a mulher não se cobre com véu, tosquie-se também; se, porém, para a mulher é vergonhoso ser tosquiada ou rapada, cubra-se de véu.
Paulo ilustra a cabeça descoberta com a punição que era dada às mulheres devassas. O Espírito Santo levou Paulo a ser extremamente enérgico nessas colocações. De fato ele está afirmando que seria vergonhoso para a mulher orar com a sua cabeça descoberta porque, desta forma, estaria se colocando no mesmo nível daquelas que, por viverem no pecado, eram excluídas da sociedade.


O ARGUMENTO INDECOROSO:

Paulo não gostava de mulher. Sem dúvida essa afirmação vem do inferno. O movimento feminista infiltrado em algumas igrejas denominacionais tem lançado essa leviandade, com a maldosa insinuação de que Paulo era casto por não gostar de mulher.
Quanta maldade somente para justificar o não uso do púlpito e do véu pelas mulheres nas reuniões públicas da igreja local! As revelações contidas na Palavra de Deus não são de entendimento humano mas por inspiração do Espírito Santo. Paulo afirma em IITim.3:16... Toda Escritura é divinamente inspirada. Pedro reafirma em IIPe.1:20-21... nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade dos homens, mas os homens da parte de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo.
Portanto, quem manda as mulheres se cobrirem nas reuniões públicas da igreja com o véu não é Paulo mas o Espírito Santo que é de Deus. A maledicência lançada contra Paulo é indecente, pois ele jamais se desagradou das mulheres ou as menosprezou como ele mesmo escreve em Gl.3:28 ... não há judeu nem grego; não há escravo nem livre; não há homem nem mulher; porque todos vós sois de Cristo Jesus.
Propositadamente as feministas se esquecem da menção que Paulo faz em suas epístolas às valorosas e dedicadas servas que como ele gastaram suas vidas em prol do Evangelho, e que por certo oravam com as suas cabeças cobertas. É torpeza colocar dúvida sobre a masculinidade de Paulo pelo fato dele praticar a castidade (ICo.7:7-9). Por trás de toda essa desavença criada pelas feministas em torno do uso do véu, está o velado descontentamento das mulheres em usá-lo por entenderem que Paulo teria sido extremamente injusto com elas na medida que as colocou em sujeição ao homem. Essa idéia é absurdamente errada! A sujeição da mulher ao homem vem desde a criação e não se trata de uma "invenção" de Paulo mas uma determinação de Deus.
Desde o princípio da criação a liderança do homem e a sujeição da mulher são determinados por Deus, tendo em vista que o homem é a imagem e glória de Deus e a mulher a glória do homem (ICo.11:7). O homem foi colocado no mundo como representante de Deus para exercer domínio sobre a terra e a sua cabeça descoberta é um testemunho silencioso desse fato.
Portanto, o homem não deve cobrir a cabeça pois tal ato seria um grande insulto a Deus porque estaria cobrindo a Sua glória. À mulher nunca foi dada essa liderança, Deus a colocou como ajudadora do homem. O diabo, em sua astúcia, induziu Eva a usurpar a liderança que pertencia a Adão na medida em que ela, sozinha, decidiu manter aquele fatídico diálogo. Por isso Deus determinou à mulher: ele (o homem) te dominará (Gn.3:16). Eliminar essa sujeição é coisa do diabo, desde o princípio ele persiste nisso.


O ARGUMENTO DO PARADIGMA:

Nas igrejas denominacionais históricas as mulheres não usam véu. Se somos como somos é porque entendemos que assim devemos ser como igreja de Cristo que somos, ou seja, se nos reunimos dessa forma é porque cremos que devemos ter por modelo a igreja primitiva, que é algo sobremodo difícil em nossos dias em virtude das muitas tradições que foram criadas no meio tido como evangélico.
Assim como ocorreu no judaísmo e no catolicismo, o protestantismo se tem conduzido mais pelas tradições humanas do que propriamente pelas revelações contidas na Palavra de Deus. Amamos os irmãos denominacionais, porém, se nos reunimos procurando o padrão autêntico das igrejas neo-testamentárias isto significa que não devemos aceitar tradições humanas misturadas ao ajuntamento solene.
As mesmas vozes que evocam o costume das denominacionais históricas pelo não uso do véu pelas mulheres são as mesmas vozes que não concordam, dentre tantas outras coisas, com a diferenciação que é feita entre o clérigo e o leigo cujo princípio eclesiástico nega, de fato, a unidade de todos os crentes. O vocacionamento clerical é estranho aos ensinamentos contidos na Palavra de Deus, pois ... como pedras vivas, somos edificados, casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus, por Jesus Cristo (IPe.2:5). Portanto, todos os cristãos nascidos espiritualmente de novo possuem o mesmo sacerdócio.
Que diremos então acerca das distorções doutrinárias? Por que então somente determinada prática nos serve, como o não uso do véu, e não há concordância para com as demais? Não seria uma hipocrisia pensarmos dessa forma, ou seja, naquilo que atende aos anseios das mulheres as tradições das igrejas denominacionais devem ser seguidas? Creio que Paulo nos dá essa resposta em I Coríntios 11:16 ... se alguém quiser ser contencioso (ao permitir que a mulher ore sem véu), nós não temos tal costume, nem tampouco as igrejas de Deus.



O ARGUMENTO DOUTRINÁRIO:

A obrigatoriedade do uso do véu não é um ponto doutrinário por estar revelado em apenas uma passagem da Palavra de Deus. É sobremodo estranho o ensino que surgiu em nosso meio que uma doutrina bíblica somente é válida quando existe no mínimo mais de uma passagem que confirme a sua condição como tal.
O nosso assunto aqui não é o de abrir um debate sobre hermenêutica, porém, se essa afirmação fosse verdadeira, a maioria das citações escatológicas não seria doutrinária. Basta lermos o Apocalipse e veremos que grande parte dos assuntos nele contidos somente lá estão revelados, ou ainda, afirmarmos que os mortos não serão arrebatados antes dos vivos simplesmente pelo fato que isto está revelado somente em ITs.4:15-17.
É impressionante como inventam tanto por causa de algo tão simples que é o uso do véu pelas mulheres.


O ARGUMENTO DA CONCORRÊNCIA:

O tamanho e a cor do véu promovem um desfile de moda na igreja. Por último, justifica-se o não uso do véu pelo fato que poderá haver entre as mulheres uma concorrência ou desfile de moda pela multiplicidade de cores e tamanhos dos véus. Justificar que o uso do véu criaria uma disputa de moda entre as irmãs é uma afirmação temerária. Os vestidos, as calças compridas (por vezes coladas ao corpo), as saias (por vezes curtas demais), as blusas, os sapatos, as meias, os brincos, os anéis, os colares, os esmaltes, os batons etc. não geram concorrência, mas o véu promoverá isso?!? Não devemos subestimar a Deus dessa forma, pois é o Espírito Santo que determina o uso do véu.
Quanto ao tamanho gerar um modismo pelo fato de quanto menor o véu mais elegante a mulher fica, particularmente pode-se entender que se é ruim usar um véu pequeno pior será não usar nenhum. Porém, é verdadeiro que está havendo um abuso em nossos dias pelo uso de minúsculos véus que os descaracterizam como a cobertura estabelecida na Palavra de Deus.
Pelo fato do seu tamanho não ser determinado explicitamente no citado trecho isto não significa que qualquer coisa que se coloca sobre a cabeça estar-se-ia cumprindo com a divina determinação. Convém lembrar que o uso do véu ordenado por Deus não é uma mera vestimenta mas um sinal (ICo.11:10), e por inferência sabemos que qualquer que seja um sinal ele somente atinge o seu objetivo na medida que revela nitidamente aquilo que ele se propôs mostrar.
A prudência e a moderação são virtudes recomendadas para cercear qualquer tipo de exagero tanto para mais como para menos, pois, há que se ter acentuado cuidado com as posições extremistas.
Segundo o consagrado servo do Senhor, William MacDonald (The Believer's Bible Comentary), "...o véu somente é válido quando o seu uso exterioriza a graça interior da mulher. A coisa mais importante no uso do véu deve ser a certeza de que o coração está realmente submisso; o véu sobre a cabeça das mulheres possui esse real significado...".
Portanto, o tamanho e a cor não são coisas fundamentais, o que verdadeiramente importa é a sujeição das mulheres às determinações contidas na Palavra de Deus. As cores e tamanhos serão adequados por elas próprias segundo a graça que interiormente possuem pela habitação do Espírito Santo.
Isto equivale dizer que o não uso do véu significa a inexistência de reverência e temor a Deus, e é uma questão definitiva e incontestável na Palavra de Deus. A recusa ou omissão das mulheres com respeito ao uso do véu nas reuniões públicas da igreja são demonstrações de rebeldia a Deus. As vozes discordantes são por conta das interpretações de particular elucidação, não por revelação divina.
Que diremos, pois, à vista destes argumentos? Atentemos para o convite de Paulo: Sede meus imitadores, como também eu o sou de Cristo (ICo.11:1). Permita Deus que assim seja!




quarta-feira, 25 de novembro de 2015

O batismo com fogo e o batismo com o Espírito Santo é a mesma coisa?

Geralmente eu sou confrontado com esta pergunta, ou com perguntas similares no meio da cristandade professa. E a grande maioria dos cristãos das denominações pentecostais, e neopentecostais têm uma ideia equivocada em relação a este assunto, e por incrível que pareça até no meio das denominações históricas, que valorizam um pouco mais as Escrituras Sagradas,  dos que as denominações acima, há uma grande confusão sobre este assunto. Não to a aqui julgando as pessoas, ou a sinceridade de seus corações, meu desejo é ajudar a esclarecer na medida do possível àquilo que a palavra de Deus realmente ensina sobre esta doutrina, que como muitas outras são terrivelmente atacadas pelo inimigo de nossas almas.
O Batismo com o Espírito Santo é uma doutrina bíblica, ensinada pelo próprio Senhor Jesus Cristo, Atos 1. 4-5. Porém, tragicamente ele é confundido com o batismo com fogo, porque na pregação de João Batista no deserto, este menciona duas expressões, que são usadas erroneamente, causando este tipo de confusão: “E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar; ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo. (Mateus 3. 11), “Respondeu João a todos, dizendo: Eu, na verdade, batizo-vos com água, mas eis que vem aquele que é mais poderoso do que eu, a quem eu não sou digno de desatar a correia das alparcas; esse vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.  (Lucas 3.16).
Como no dia de pentecostes o Espírito Santo desceu sobre os discípulos que estavam reunidos no cenáculo na figura de fogo, veja Atos 2. 1-4. Então daí muitos erroneamente conclui que batismo com o Espírito Santo, e o batismo com fogo sejam a mesma coisa. Mas não é. Mas como você pode dizer que não é, pois essa conclusão parece ser lógica? Talvez você venha a perguntar.
Então vamos ao texto bíblico e examinarmos o seu contexto para compreendê-los corretamente.

1º: A expressão “batismo com o Espírito Santo” não aparece somente nestas ocorrências em que, João Batista está em sua pregação, dirigindo-se aos que vinham ao seu batismo.
Ela ocorre em João 1. 32-33: E eu não o conhecia; mas, para que ele fosse manifestado a Israel, vim eu, por isso, batizando com água.   E João testificou, dizendo: Eu vi o Espírito descer do céu como uma pomba, e repousar sobre ele.  E eu não o conhecia, mas o que me mandou a batizar com água, esse me disse: Sobre aquele que vires descer o Espírito, e sobre ele repousar, esse é o que batiza com o Espírito Santo.
Atos 1. 4-5: E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes.   Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias.
1ª Corintios 12. 13: “Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito.
Observe que em todas estas ocorrências a expressão “batismo com fogo” não aparece em conjunto com o batismo com o Espírito Santo. Porque são duas expressões que embora apareçam juntas no discurso de João batista, elas não são sinônimas, mas são duas expressões distintas que descrevem acontecimentos distintos.
Aquele que João Batista visse descer o Espírito Santo como pomba, seria quem batizaria com o Espírito Santo, e este foi o Senhor Jesus Cristo. O próprio Senhor Jesus falando aos discípulos antes de ser elevado aos céus manda estes ficaram em Jerusalém ate receberem a promessa da descida do Espírito Santo, o que aconteceu no dia de pentecostes. E Ele disse que eles seriam batizados com o Espírito Santo não muito depois daqueles dias.
E Paulo escrevendo aos coríntios destaca este fato de todos os verdadeiros cristãos já foram batizados em um só Espírito, formando um só corpo. Vamos falar disso mais a frente, mas aqui e em nenhum dos outros versículos é mencionada a ideia que batismo com o Espírito Santo, e batismo com fogo sejam a mesma coisa.

2º: João batista menciona estas duas expressões, que indicam acontecimentos distintos, pelo fato de haver ali, no meio daquela multidão que vinham ao seu batismo, pessoas não arrependidas de seus pecados.  A estes ele dirigem estas duras palavras: “E, vendo ele muitos dos fariseus e dos saduceus, que vinham ao seu batismo, dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura? Produzi, pois frutos dignos de arrependimento;  E não presumais de vós mesmos, dizendo: Temos por pai a Abraão; porque eu vos digo que mesmo destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão. E também agora está posto o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não produz bom fruto, é cortada e lançada no fogo.” Mateus 3. 7-10: Lucas 3. 7-10:
Então no publico a quem João Batista dirigia sua mensagem havia pessoas que verdadeiramente estavam arrependidas de seus pecados, e, ao confessarem seus pecados, eram por ele batizadas nas águas do rio Jordão. E assim estes aguardavam a vinda do Messias, que é o Senhor Jesus Cristo que iria batiza-las com o Espírito Santo. Não só elas, mas a todos o que verdadeiramente se arrependerem de seus pecados e crerem Nele como Senhor e Salvador.
E o batismo com fogo é o castigo, (que é o juízo de Deus sobre todos os que rejeitarem seu Plano de Salvação, através da Pessoa e Obra de Cristo) juízo este que João Batista menciona no verso 10 ao dizer sobre o machado estar sobre à raiz de toda a arvore e toda arvore que não produz fruto, será cortada e lançada no fogo, e ao dizer também que na mão dEle, (o Senhor Jesus) tem a pá. Que recolhera o trigo no seu celeiro, e a palha queimará com fogo que nunca se apaga ( Mateus 3. 12: Lucas 3. 17).
João esta profetizando que o batismo com o Espírito Santo será para todos que aceitarem o Plano de Salvação de Deus, por meio da Obra Redentora do Senhor Jesus Cristo. E que o batismo com fogo será para todos os que o rejeitarem. E o mesmo Senhor Jesus Cristo que Salva, é o mesmo que irá condenar a perdição eterna aqueles que não o receberam pela fé como Senhor e Salvador de suas almas.
Erroneamente muitas denominações em suas orações ficam pedindo a Deus que batiza com fogo´a seus membros, este tipo de atitude é errada, pois estas pessoas esta pedindo a condenação de Deus, e não sua misericórdia e seu poder.

3º: O batismo com o Espírito Santo não é uma segunda benção para o fortalecimento do crente capacitando-o a ter poderes sobrenaturais para realizar curas, expulsar demônios, falar em línguas, e realizar milagres, como muita gente pensa. Muito menos é um fortalecimento da alma para levar o crente a não cometer mais pecados. Sei que mencionei coisas aqui que requer uma explicação detalhada, mas por não termos tempo, e também por sair do assunto central da reposta não vamos entrar nelas.
O batismo com o Espírito Santo é a formação de um único corpo de todos os salvos por Cristo da presente dispensação: Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito.”, 1ªCorintios 12. 13.
O apostolo Paulo dirigido pelo Próprio Espírito Santo, nos diz que todos nós, fomos batizados em um só Espírito, formando um só corpo.
Paulo quando escreveu esta carta ela a dirige: “À igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados santos, com todos os que em todo o lugar invocam o nome de nosso SENHOR Jesus Cristo, Senhor deles e nosso , (1ªCorintios 1. 2). Esta não é uma carta dirigida somente aos irmãos que residia na cidade de Corinto, mas a todos os crentes de todos os lugares.  
Quando ele diz que todos nós fomos (primeira pessoa do plural do verbo ser, conjugada no passado, que indica uma ação já ocorrida, consumada) batizados em um só Espírito. Todos sabemos que Paulo veio a se converter muito tempo depois de pentecostes, assim como cada membro da igreja da cidade de Corinto, à quem esta carta foi dirigida. E ao dizer “todos nós”, isto inclui o apostolo, e cada membro da igreja de Corinto, assim como cada verdadeiro cristão, pois estes sãos os que em todos lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso. No momento da conversão fomos colocados dentro do corpo de Cristo que é a sua igreja, que está sendo formada de todos os salvos desde pentecostes até o arrebatamento.  Uma vez que a igreja foi batizada Pelo Espírito Santo, para que pessoas diferentes, com origens diferentes, com situações diferentes, e culturas diferentes formassem um único grupo de redimidos por Cristo. Então cada crente ao crer em Cristo, já esta batizado pelo Espírito, pois é Este que colocou cada um de nós dentro do corpo de Cristo. Isto não é algo que sentimos, é algo que sabemos, porque assim está escrito na Palavra de Deus. E não há ninguém que pode dizer o contrario seja ele quem for.
Quando alguém me pergunta se eu já fui batizado como Espírito Santo, eu respondo que sim, pois foi o que aconteceu não só comigo, mas com todo o cristão verdadeiro, pois este, no momento da conversão foi introduzido pelo Espírito Santo no corpo de Cristo a igreja. Não existe uma segunda benção, não é certo pedir um segundo batismo com o Espírito Santo. Creio que é o batismo com o Espírito Santo que o apostolo se refere em Ef 4. 5 quando ele diz que há “um só batismo”. Neste caso, um crente verdadeiro pedir para ser batizado pelo Espírito Santo, é dizer que existe mais do que um batismo do Espírito Santo, e mais do que um corpo, e mais do que uma fé, e etc. E isto é heresia de perdição.
O que levará o cristão a ter poder sobre o pecado, não é ser batizado pelo Espírito Santo, mas sim o encher do Espírito, Efésios 5. 18. Que é um assunto completamente diferente, pois trata da plenitude do Espírito Santo, e não do batismo com o Espírito Santo.
Uma coisa é ter sido batizado pelo Espírito Santo, o que aconteceu com todos os salvos por Cristo da presente dispensação. Outra coisa é ser cheio do Espírito Santo e isto acontece somente com aqueles que buscam isto.
Outra coisa, ser cheio do Espírito Santo não tem nada a ver com falar em línguas, curar enfermos, expulsar demônios, profetizar, ou realizar milagres. O Senhor Jesus dirá claramente que nunca conheceu muitas pessoas que fazem estas coisa em nossos dias, veja Mateus 7. 21-23. E o fato Dele falar que nunca as conheceu é por que elas nunca fizeram parte da sua igreja, do seu corpo, ou seja, elas nunca tiveram o Espírito Santo sequer habitando nelas. Quando Paulo perseguia a igreja, Cristo fez a solene pergunta a Ele, “Saulo, Saulo, porque me persegues?”, (Atos 9. 4). Ao perseguir os primeiros cristãos, Saulo perseguia o Próprio Jesus Cristo, pois, cada verdadeiro cristão faz parte do corpo de Cristo, que é a sua igreja, batizada com o Espírito Santo.
Uma pessoa cheia do Espírito Santo, é alguém que é controlado por Ele, de maneira que o caráter de Cristo é desenvolvido nele. É isto que o apostolo Paulo chama de “o fruto do Espírito” em Gálatas 5. 22. Não é alguém que faz coisas “extraordinárias”, mas é alguém que vive uma vida extraordinária, sendo  esta moldada pelo agir do Espírito Santo, mediante a Pessoa e Obra do Senhor Jesus Cristo, através da palavra de Deus.
Espero ter te ajudado.



terça-feira, 17 de novembro de 2015

Em Gênesis 1:26 e 27, lemos: E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra. E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. Minha pergunta é:Apenas o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus e a mulher não? Imagem e semelhança são dois termos diferentes que significam coisas diferentes ou são sinônimos? Agradeço sua atenção.

Autor da pergunta: Cleusi Betenheuser

Sua pergunta é muito interessante. E para mim é um prazer poder ajudar a você. Bom respondendo sua pergunta. Quando Deus criou o homem, já estava no plano Dele criar a mulher. Então neste caso a mulher também foi criada a imagem e semelhança de Deus. Observe que o próprio texto já responde,  “E criou Deus o homem a sua imagem, à imagem de Deus o criou, homem e mulher os criou”. Ou seja, Deus criou o homem, Ele o formou do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida, e o homem tornou-se alma vivente (Gn 2. 7). Esta expressão que Deus soprou nas narinas  do homem o fôlego da vida, indica esta realidade do homem ser a imagem de Deus, foi neste ato de soprar o fôlego da vida no homem,  que e Deus compartilhou de suas próprias características com o homem ao criá-lo. Não é no sentido físico, pois Deus é Espírito, ou seja, Ele não é material, não podemos vê-lo fisicamente. Mas Ele ao criar o homem compartilha com o homem de suas próprias características pessoais.
Deus é inteligente, e compartilhou dessa inteligência com o homem.
Deus tem sentimentos, e compartilhou dessa habilidade de sentir com o homem.
Deus é um ser moral, e compartilhou dessa moralidade com o homem.
Deus governa o universo, e deu ao homem a habilidade de governar o mundo recém criado. E por ai vai.
Por ser imagem de Deus, o home diferentemente dos animais é um ser moral, racional e social. É o fato dele ser a imagem de Deus que o diferencia das demais criações.
Quando Deus cria a mulher ele a faz de uma das costelas de Adão, o primeiro homem criado, veja Gn 2. 18-24. Observe que quando Deus traz a mulher para Adão este diz, “Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne, esta será chamada mulher, porque do homem foi tomada”. Por dizer que a mulher era osso dos seus ossos, e carne da sua carne. Adão esta reconhecendo que a mulher assim como ele também era a imagem e semelhança de Deus, é por isto que em muitos casos quando a palavra de Deus usa o termos homem, ela esta se referindo no sentido geral, homem e mulher, ou a humanidade geral. Todos os seres humanos são a imagem de Deus.
Respondendo sua pergunta sobre os dois termos “imagem” e “semelhança” se são termos diferentes, que significa coisas diferentes, ou se são sinônimas?
Bom não existe uma concordância entre a maioria dos comentaristas bíblicos. Eu vou deixar o meu parecer, e espero poder te ajudar.
A palavra imagem em nossas traduções é tselem no hebraico. Esta palavra tem a ideia de gravação de uma figura em uma moeda, ou um reflexo no espelho, segundo os conhecedores do hebraico. Ou seja, a reprodução das características exclusivas de Deus. Ou seja, Deus compartilhou com o ser humano características que são próprias Dele como já vimos acima.
Já a palavra semelhança é a tradução de demut, algo que e semelhante mas não idêntico, ou seja, uma copia com algumas variações. Na minha compreensão isto esta relacionado a condição do homem antes da queda, ou seja, o homem assim como Deus era perfeito, sem falhas, sem pecado, e não pecava. Porem com uma variação do Seu Criador. Ou seja, é impossível Deus pecar, ou falhar, mas ao homem havia esta possibilidade, pois Deus o avisa do perigo de desobedecer sua ordem,e assim cair do seu estado original. O que aconteceu no capitulo três de Gênesis. Ou seja, o homem continua sendo a imagem de Deus, mas perdeu a semelhança de Deus coma queda. Observe que quando Deus ordena que o homem que derramasse o sangue do homem, pelo homem o seu sangue seria derramado, Deus diz que isto iria acontecer por que o home foi feito a sua imagem (Gn 9. 6), a palavra semelhança não aparece, porque esta o ser humano havia perdido na queda. Esta semelhança só será restaurada no estado futuro salvos, que são todos os que arrependeram e crerem no Senhor Jesus como Senhor e Salvador, “Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai: que fossemos chamados filhos de Deus. Por isso o mundo não nos conhece, porque não conhece a Ele. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele; porque assim como é o veremos” 1ªJoão 3. 1-2.

Espero ter te ajudado. 

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Igrejas de pedras e tijolos ajudam ou atrapalham o evangelho?

O público em geral ficou tão acostumado com as
construções chamadas de igrejas e catedrais que acredita
ser este o ideal de Deus. Na opinião da maioria das
pessoas essas construções são um sinônimo de cristianismo.
Mas o Novo Testamento nem sequer as menciona
entre as coisas que Deus deseja para a igreja. Existem
pelo menos cinco boas razões para esses edifícios associados
ao cristianismo mais atrapalharem do que ajudarem
o evangelho.
1) Eles não são bíblicos. Conforme já demonstramos, simplesmente
não existe qualquer fundamento para isso
no Novo Testamento.
2) Eles transmitem ao mundo uma mensagem errada. As pessoas
podem muito bem ser levadas a pensar que o cristianismo
é uma continuação do judaísmo, apenas com
algumas novas alterações cristãs. Elas podem erroneamente
concluir que Deus habita em "templos feitos
por mãos", e que só pode ser adorado neles (At 17:24-
25). Portanto, daí vem a falsa ideia de que alguém
precise ir a um edifício chamado "igreja" para orar e
aproximar -se de Deus.
3) Eles não são econômicos. Dar tal ênfase a edifícios luxuosos
enquanto milhões de pessoas padecem de fome
em todo o mundo, tanto no sentido espiritual como
material, é simplesmente utilizar mal o dinheiro.
A maior parte dos fundos que a igreja recebe em suas
coletas deveria ser usada para permitir a pregação do
evangelho e a disseminação da verdade, não para financiar
modernas construções e organizações paraeclesiásticas.
O pesado ônus desses investimentos e
de seus juros faz com que os líderes eclesiásticos peçam
ofertas cada vez mais generosas a fim de pagarem
pela construção e por sua manutenção. Com isso
as pessoas podem ser levadas a acreditar que Deus só
está interessado em dinheiro. Com milhões sendo coletados
todas as semanas, parece que a maior dificuldade
dos cristãos não está em dar, mas em direcionar os
fundos que são arrecadados. Hudson Taylor disse: "O
problema da igreja não é a falta de fundos, mas a falta
de consagração de fundos!".
4) Esses edifícios são uma hipocrisia. Ao construírem esses
imensos edifícios, enquanto dizem ao mundo que
amam as pessoas e se interessam profundamente por
suas almas, a mensagem que os cristãos passam não
é muito convincente. Se a igreja está tão interessada
nas pessoas necessitadas deste mundo, por que não
sacrifica um pouco do esplendor de suas edificações?
Ao construir seus edifícios a igreja está demonstrando
que está mais preocupada com a própria glória e conforto
do que com as pessoas necessitadas.
5) Esses edifícios intimidam. É difícil fazer com que as pessoas
que tiveram pouco ou nenhum contato com o cristianismo
compareçam às reuniões nessas luxuosas
construções associadas com o cristianismo. Edifícios
cheios de pompa tendem a espantar, e não atrair essas
pessoas. Tudo lhes parece muito opressor. (As pessoas
do mundo parecem ter um senso melhor que os cristãos
daquilo que convém ao cristianismo – Lucas
16:8). Existe uma forte reação contra o formalismo,
especialmente entre os jovens. As pessoas também
têm medo de serem convidadas a contribuir com dinheiro.
Mesmo assim, muitas dessas pessoas estariam
prontas a ir a um estudo bíblico na forma de uma
conversa numa casa ou em um salão menos pretensioso.
Elas se sentem mais à vontade em uma atmosfera
informal e não profissional, ficando assim mais receptivas
a receberem o evangelho.
Portanto esses grandes edifícios são um empecilho ao
evangelho, e tão somente mostram que não somos mais
sábios do que a Palavra de Deus. O padrão simples que
Deus nos deu em Sua Palavra é sempre o melhor caminho,
pois "o caminho de Deus é perfeito" (Sl 18:30).
Bruce Anstey- A Ordem de Deus.

terça-feira, 5 de maio de 2015

Pergunta N° 7: Porque vocês não tem pastor?

Porque as igrejas, conhecidas como “Igrejas Cristã Evangélica Casa de Oração” não tem pastor?

Frequentemente quando questionado de que igreja eu sou membro, também sou questionado com esta pergunta; Quem é o “pastor” lá?

Infelizmente a resposta que eu dou a estas pessoas não é uma realidade em todo Brasil, pois infelizmente muitos irmãos estão se auto intitulando “pastores”, e muitos membros em muitas igrejas estão nomeando os seus “obreiros por tempo integral” com este titulo. E eu não tenho visto por parte destes “obreiros” nenhuma resistência a esta pratica.
Sei também que minha resposta irá ofender a alguém, e sinceramente não é esta a minha intenção, embora provavelmente já o tenha feito pouco acima.

Mas vamos à resposta.

Geralmente eu repondo a pergunta: De que igreja eu sou membro?;  “Eu sou membro da igreja de Deus, ou do Senhor Jesus Cristo, que se reúne no endereço tal” e dou o endereço para a pessoa de onde reunimos, e não da "igreja". Não digo que sou membro da “Igreja Cristã Evangélica”, ou da “Casa de Oração”. Por que a nas cartas apostólicas uma igreja local, é um grupo de salvos que reúnem regularmente ao nome do Senhor Jesus Cristo em uma localidade, a única coisa que deve atrair a estes irmãos na reunião é a Pessoa de Nosso Amado Salvador o Senhor Jesus Cristo, e não a placa que colocamos fora do salão de reuniões, seja, “Salão Evangélico”, “Igreja Cristã Evangélica” ou “Casa de Oração”.

E digo claramente a estas pessoas que temos sim pastor. Só que é pastor no sentido bíblico, e não no sentido humano e religioso da palavra.

1. O Senhor Jesus Cristo, em João 10. 11. O próprio Senhor Jesus se apresenta a nós como “O Bom Pastor” que deu a vida pelas suas ovelhas. Ele o Senhor Jesus Cristo é o Nosso Único e Verdadeiro Pastor, veja também o Salmo 23. 1.

2. Irmãos que tem o dom de pastor, assim como os irmãos que tem o dom de evangelista, e outros   dom de ensinador, Efésios 4. 11. Ou seja, eles são irmãos, eles não estão numa posição acima dos outros, porque estudaram numa faculdade ou seminário. Mas foram dotados por Deus, através do Espírito Santo para realizar estes serviços na obra de Deus. São chamados de dons coletivos dados por Deus a sua *igreja, para realizarem serviços específicos, de evangelismo, pastoreio ou ensino da palavra de Deus. Isto não é cargo, ou titulo dignitário, colocando-os acima dos demais irmãos. Pastor neste caso é serviço, assim como o evangelista, e o ensinador. Eles são irmãos e diante de Deus estão no mesmo nível que os outros, eles não são uma classe especial que está mais perto de Deus, e que precisa ser destacada dos demais irmãos. Alias esta pratica que é comum no denominacionalismo, é antibíblica, pois divide o corpo de Cristo, que é a sua igreja, em clero e leigos. E todos os crentes são sacerdotes de Deus, veja 1ªPedro 2. 1-10: Apocalipse 1. 1-6.

3. Os presbíteros de uma igreja local, são os pastores da mesma, Atos 20. 17, 28. Paulo havia chamado os presbíteros da igreja de Éfeso, e lhes disse que era para eles olharem por eles (o grupo de presbíteros) e por todo rebanho, (a igreja de Éfeso, o grupo de salvos que reuniam ao Nome do Senhor Jesus Cristo ali naquela cidade). Sobre o qual o Espírito Santo os constitui bispos, para apascentar (pastorear) a igreja de Deus. Ou seja, presbíteros, bispos e pastores, são palavras dirigidas ao mesmo grupo de pessoas. E não hierarquias distintivas. Como é comum vermos na cristandade professa, “presbíteros” abaixo do “pastor” e “pastor” abaixo do “bispo”. E observe que Paulo manda chamar não “o presbítero”, mas os presbíteros. Ou seja, uma igreja local não pode ter um único homem na sua liderança, mas deve ter pelo menos dois. E estes irmãos irão exercer a liderança, não a ditadura (a vontade deles), não a democracia (a vontade da maioria), mas a vontade de Deus. Pois eles através da palavra de Deus e da direção do Espírito Santo estarão sendo instrumentos nas mãos de Deus para guiar o seu povo, a sua igreja em uma determinada localidade.
Novamente observe que eles são irmãos, que exercem a função de presbíteros. Presbítero não é titulo é serviço. E um cristão deve ter qualificações para exercer esta importante função na igreja local onde ele é membro, veja 1ªTimoteo 3. 1-7: Tito 1. 5-9. Não é alguém que tem um diploma, não é uma profissão rentável, não é um posto de autoridade, onde ele manda e os outros obedecem. São irmãos que tem uma vida exemplar, e que devido a este exemplo os outros membros da igreja os respeitam e aceitam voluntariamente sua liderança. Liderança esta que não vem deles próprios e nem é prerrogativas deles, mas é uma liderança espiritual, proveniente do Espírito Santo que os capacitou, e que os usa para governar a igreja, através das orientações solenes da Palavra de Deus.
Deus não reconhece títulos eclesiásticos, ou forma de governo alheios a sua palavra. Não estou dizendo com isto que não tenha pessoas que tenham o titulo de “pastor” no sentido religioso, que não é salva, ou que este não seja um servo de Deus, e que ele não seja usado por Deus para a salvação dos perdidos, ou para ensinar a palavra de Deus. Não é isto. Apesar dos desvios da cristandade Deus ainda é fiel a sua palavra, e ela jamais voltará vazia. Ele é quem produz o novo nascimento e aplica a sua Palavra ao nossos corações para a nossa edificação. Porem este modelo de governo usado pelo denominacionalismo é errado, é invenção humana sem respaldo na palavra de Deus.

As igrejas neotestamentarias, que erroneamente são conhecidas no Brasil de “Igrejas dos Irmãos” “Igreja Cristã Evangélica” ou “Casa de Oração”. Tem se afastado do modelo bíblico de governo da igreja, e infelizmente temos visto irmãos se nomeando “pastores”, ou os membros destas igrejas os nomeando desta forma. Irmãos para termos pastores em nosso meio não é preciso ter pessoas que usam este titulo. Pode uma igreja ter uma pessoa ostentando o titulo de pastor, mas o seu Verdadeiro e Único Pasto estar do lado de fora dela batendo na porta desejando entrar, Apocalipse 3. 20.


*A palavra igreja na bíblia, tem dois aspectos distintos, a igreja universal que é o grupo de todos os redimidos deste pentecostes até o arrebatamento, veja Mateus 16. 18: Efésios 3. 10. E a igreja local que é o grupo de salvos em uma localidade, veja 1ªCorintios 1. 1-3. O dom de pastor, assim como o evangelista e o ensinador (mestre). É dado a igreja no primeiro aspecto, ou seja, a esfera de serviço deles e a todos os cristãos renascidos. Enquanto que os presbíteros, que são “pastores locais” a esfera de serviço deles é limitada somente a igreja local onde eles são membros. Não há em nenhum lugar no Novo Testamento de presbíteros exercendo estas funções fora das suas respectivas igrejas locais. Porem constantemente temos ouvido falar de igrejas, ou irmãos que foram socorridos, orientados, consolados, ou restaurados através de ministério de irmãos que realmente tem sido usado por Deus como pastores no meio do seu povo.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Pergunta N° 6: Estarei debaixo de maldição se eu não entregar o dizimo?


Talvez a maioria das pessoas que lerem esta resposta não irão concordar com a ela. Mas não estou nem um pouco preocupado com o que a maioria pensa ou acha. Minha resposta atem-se simplesmente naquilo que a palavra de Deus diz.
Em Gálatas 3. 13 está escrito: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós, porque esta escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro”.
Em outras palavras todo aquele que verdadeiramente arrependeu de seu pecado e creu no Senhor Jesus como seu Senhor e Salvador pessoal, foi resgatado, ou seja, comprado de volta,da maldição da lei.
Então dizer que alguém que creu no Senhor Jesus como seu Senhor e Salvador pessoal está debaixo de maldição por não entregar o dizimo em sua respectiva denominação, esta dizendo claramente que o preço que Cristo pagou na cruz do Calvário pelos nossos pecados, não valeu nada. Alias uma pessoa pode pegar todos os seus bens e dar aos pobres, ou a sua denominação, se ela não se arrepender de seus pecados e confiar integralmente, e exclusivamente na Obra Redentora do Senhor Jesus Cristo na cruz do Calvário. Ela continuara ainda debaixo da maldição da lei, pois no verso 10 do mesmo capitulo 3 de Gálatas nos diz que: “Todos aqueles que são das obras da lei, estão debaixo de maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las;”.
Os que defendem a tese de que o cristão que não paga o dizimo esta debaixo de maldição por que roubam ao Senhor. E neste caso correm até o risco de perderem a salvação, por que são “ladrões”, e os “ladrões não herdarão o reino dos céus” 1ªCorintios 6. 10.
Baseiam este absurdo em Malaquias 3. 8-10. Mas a maioria não entende que a palavra dízimo ali está no plural, “dízimos”. E neste caso Deus estava repreendendo a nação de Israel por estarem quebrando os seus mandamentos, inclusive na questão dos dízimos que era para o sustento dos sacerdotes e levitas.
Havia em Israel pelo menos quatro tipos de dízimos que deviam ser observadas pelo povo hebraico.
O dizimo dos animais Levítico 27. 32-33.
O dizimo das colheitas, Levítico 27. 30-31.
O dizimo especial a cada três anos, Deuteronômio 14. 28-29.
O dizimo dos dízimos que os levitas deviam separar para a casa do sumo sacerdote, Números 18. 25-30.
Ninguém consegue entregar os dízimos nos dias de hoje conforme o modelo do regime da lei mosaica. Esta maldição que é citada aqui por Malaquias estava relacionada ao povo de Israel que havia quebrado a aliança com o Senhor não só na questão dos dízimos, mas em inúmeras questões da lei. Geralmente os falsos profetas da “teologia da prosperidade” que tá mais para mitologia da prosperidade. Usam o texto de Malaquias fora do seu contexto, para aterrorizar os seus adeptos a separarem dez por cento do pouco que eles têm, na vã esperança de prosperarem materialmente. O cristão renascido, ou verdadeiramente convertido ao Senhor, como você preferir. Não está debaixo da lei, mas sim da graça de Deus. Portanto sua pátria não é terrena, mas celestial. Por isto não há no Novo Testamento nenhuma ordem para ele dizimar parte de sua renda. Antes ele é orientado a contribuir voluntariamente, segundo o que propõe em seu coração com a Obra do Evangelho Veja 1ª Coríntios 16.1-2: 2ª Coríntios 9.7.
Nenhum líder religioso tem o direito de ameaçar, ou forçar os cristãos a darem o dizimo. Qualquer cristão que se coloca debaixo de tal servidão está voltado a escravidão da lei. O mandamento dos dízimos não é para o cristão, é para o judeu. A não ser que você queira se circuncidar, guardar o sábado, não comer carnes de certos animais, frequentar a sinagoga e etc.
Sabemos que todas estas coisas são sombras a realidade é Cristo. O único que verdadeiramente resgata o pecador da maldição da lei, o Único que verdadeiramente quebra a maldição do pecado sobre a raça humana através de Seu Sacrifício Vicário na Cruz do Calvário.