sábado, 7 de junho de 2014

Pergunta Nº 5: Duvidas sobre a própria conversão.


Pode alguém ter duvidas da sua própria conversão? Converti-me recentemente, porém tem vindo duvidas em minha mente, se realmente houve uma conversão, ou se foi simplesmente um entusiasmo?

Embora a maioria dos assim chamados “convertidos” vão negar este fato, caso sejam questionados a respeito desse assunto. Essa é uma duvida comum naqueles que se converteram ao Senhor Jesus Cristo, nos seus primeiros dias de vida nova em Cristo.
São duvidas que, são provenientes de varias situações.

1. Às vezes porque o recém-convertido creu no Senhor a pouco tempo e já cometeu algum pecado, e em consequência vem o sentimento de culpa, que por sua vez o inimigo de nossas almas usa tal sentimento para impor na mente deste duvidas em relação a sua própria conversão.

2. Outra situação pode ser por que o recém-convertido ao sentir ainda desejos, e até ser atraído pelas coisas triviais deste mundo, quando depara com o texto de 1ª João 2. 15 que diz: “Não ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele”. Se o amor do Pai não está naquele que ama o mundo, então este não é convertido, logo deduz desta forma um recém-convertido, por que ainda este sente atraído pelas coisas do mundo.

3. Também pode ocorrer duvidas devido ao fato do recém-convertido, por não ter ainda um conhecimento mais aprofundado da palavra de Deus, e um relacionamento mais intimo com Deus. Algo que só vem através do tempo. Por vivermos numa época de grande confusão no meio da cristandade, e por se bombardeado todos os dias com doutrinas estranhas a palavra de Deus, este venha duvidar não só da sua própria conversão, mas também da própria palavra de Deus, que é as Escrituras Sagradas.

4. Outro caso que pode gerar duvidas na vida de um recém-convertido é o fato de observar pessoas que uma vez confessaram a fé em Cristo, e hoje elas se dizem desviadas, e vivendo em praticas até piores que tiveram outrora, antes da suposta conversão. Então com o medo de vir acontecer o mesmo com elas, estes também duvidam da sua própria conversão.

5. Existem também aqueles que deparam com a hipocrisia da cristandade professa. Ou seja, aqueles que professa serem convertidos a Cristo, foram batizados, frequentam uma denominação evangélica, e até exercem algum ministério. Mas suas vidas são completamente contraria ao que a palavra de Deus ensina sobre a conduta do cristão. Então neste caso estes recém-convertidos ao deparar com a dificuldade de colocar em pratica a palavra de Deus, costuma duvidar da sua própria conversão ao experimentar o fracasso, e consequente temem de também estarem sendo hipócritas. Ou seja, usando o nome de Cristo como uma capa para esconderem seu verdadeiro caráter. E neste caso, são duvidas terríveis costumam vir sobre eles.

Bom eu creio que existem bem mais situações que levam a um recém-convertido a duvidar da sua própria conversão. Eu enumerei estas cinco, pois confesso que já me deparei com cada uma delas.
A duvida é obra de Satanás, pois foi ela foi à ferramenta principal usada por ele, na queda de nossos primeiros pais no jardim do Édem, veja Genesis 3. 1-5. Da mesma forma ele ainda usa esta mesma ferramenta para impedir o progresso de alguém que estava morto em seus delitos e pecados, e agora ao converter ao Senhor Jesus Cristo, adquiriu nova vida. E para esta vida não se desenvolver, de modo que este seja um instrumento nas mãos de Deus, para a glorificação do mesmo e expansão do Seu reino. Satanás tentara de todas as formas, impedir a tal pessoa de se desenvolver atacando-a com duvidas terríveis, usado cada situação que lhe for favorável. Ele atacou o próprio Senhor Jesus Cristo com a duvida “Se tu és o Filho de Deus?”, Veja Mateus 4. 2, 6.

E da mesma forma que o Senhor Jesus Cristo venceu a Satanás, também assim teremos vitoria sobre ele usando palavra de Deus, e tendo uma vida de oração, e constante comunhão com o Senhor. Em cada uma das situações que citamos acima vemos na palavra de Deus o remédio para lidar com elas.

1. O fato de alguém ter sido convertido ao Senhor Jesus Cristo não o tornou impecável, ou seja, alguém que nunca mais vai pecar. Aliás, ele ainda é pecador, e infelizmente até ao arrebatamento da igreja, ou sua partida para eternidade através da morte. Ele ainda pecará contra Deus. Um recém-convertido que peca, não significa que ela não se converteu, ou que ela perdeu a sua salvação. O Seu relacionamento com Deus agora não é mais de Juiz e réu, Deus o Juiz e ele o réu condenado. Não! Mas o relacionamento entre um pecador arrependido que confiou em Jesus Cristo como Único e Suficiente Senhor e Salvador de sua alma. E o Deus Todo Poderoso, Santo e Justos. É de Pai e Filho. Deus agora é o Pai, e tal pecador arrependido, foi adotado por Este como um filho. O pecado de um recém-convertido, ou de um velho convertido, pois estes também pecam. Não quebram este relacionamento de Pai e filho, mas o desequilibra, e para ser equilibrado novamente. Este pecador, sendo recém-convertido ou velho convertido, precisa urgentemente fazer o que nos é ensinado em 1ª João 1. 9.

2. Todo o pecador que se converte ao Senhor Jesus Cristo, sendo novo ou velho convertido. Tem uma natureza pecaminosa chamada de carne pela palavra de Deus, e que sente atração pelo mundo e seus atrativos. Quando o Espírito Santo inspirou o apostolo João a escrever sua primeira epistola. A palavra “amar” que Ele usa no grego original de onde nossas veio nossas traduções das Escrituras. Vem da raiz “ágape” que é um amor sacrifícial. É a mesma palavra que é usado em João 3. 16 que diz: “Deus amou “ágape” o mundo de tal maneira, que Deus seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”. A ideia aqui é amar a tal ponto de se sacrificar, ou fazer sacrifícios para obter tal coisa. Deus amou o mundo (gênero humano), de tal maneira, que Ele sacrificou seu Único filho, para que aqueles fazem parte do mundo, ao se arrependerem e aceitarem o Sacrifício do Filho de Deus. Tenham a vida eterna. Agora a palavra de Deus nos ensina, que aquele que aceitaram tamanho amor. Não podem amar o mundo (sistema humano organizado em rebelião contra Deus), a ponto de se sacrificarem por ele, caso eles façam isto. Ou seja, amem ao mundo a ponto de se sacrificarem por ele. Isto só revelará que eles nunca conheceram verdadeiramente o amor de Deus. Ou seja, a questão não é se sentir atraído pelo mundo e suas ilusões. Mas é se render a ponto de se sacrificar ou sacrificar algo, neste caso o própria comunhão com Deus, para fazer parte, e experimentar tais ilusões do mundo. O cristão não foi chamado para ser tirado do mundo, mas para iluminá-lo vivendo fora de sua influencia, veja João 17. 14-17. Ou seja, ele está no mundo, mas não faz parte do mundo. O Cristão sendo novo convertido, ou velho, enquanto sua natureza não for transformada no arrebatamento, sempre será atraído pelo mundo, mas ele nunca fará parte dele. Embora ele sempre será tentado por tal atração.

3. Este tipo de situação de duvidas só poderá ser vencido quando o recém-convertido tomar a decisão de viver em constante oração, e estudo da palavra de Deus. Estando com um coração quebrantado e contrito como diz o Salmista no Salmo 51. 17. Ou seja, sem pressupostos, sem querer defender denominação religiosa, sem querer achar argumento para defender determinada posição doutrinaria. Mas simplesmente para honrar a Deus, desejando realizar a Sua vontade.

4. Este tipo de situação vem da tendência de nossa natureza de compararmos com os outros nos depreciando ou nos vangloriando. Por perseveramos num determinado grupo religioso, e praticando as “doutrinas” desta religião nos julgamos melhores quê os que falharam. Quando fracassamos em alguma destas praticas religiosas erroneamente chamadas de “doutrinas”, tememos sermos iguais tais pessoas, pois percebemos que assim como elas somos seres humanos, fracos e falhos. E neste momento de fraqueza tememos ter cometido o mesmo erro de tais pessoas. Creio que numa situação destas a questão não deve ser se eu sou igual, melhor, ou pior. Mas sim, em que está baseada a minha conversão. Ou seja, eu fui convertido ao Senhor Jesus Cristo, ou a uma denominação religiosa? A minha salvação depende da obra redentora de Cristo, ou das praticas que erroneamente são chamadas de “doutrina” na denominação que frequento? Sou salvo pela graça de Deus, manifestada em Cristo, ou por que acredito que a minha denominação é que é “verdadeira”, e que por seguir suas praticas serei salvo? A Bíblia Sagrada, a palavra de Deus é clara em dizer que não existe salvação fora da Pessoa e Obra do Senhor Jesus Cristo, veja João 14. 6: Atos 4. 12: 1ª Timóteo 2.4-5. Uma pessoa que verdadeiramente converteu ao Senhor Jesus Cristo, e que neste caso conhece o amor de Deus, e tem noção de tão grande condenação ele foi salvo por meio de Cristo. Jamais se desvia. Neste caso ele não pode olhar para os outros, e nem para suas próprias fraquezas, mas sim olhar para o Senhor Jesus que é o autor e consumador da nossa fé, Hebreus 12. 1-3.

5. A questão da hipocrisia é muito seria e infelizmente há muitos “cristãos” sem Cristo, seja em qualquer esfera de profissão religiosa. Mas quando nos deparamos com a dificuldade cotidiana de obedecer à palavra de Deus com a nossa conduta perante o mundo. Fracassar nesta área, não é ser hipócrita. O hipócrita não fracassa, o cristianismo para ele é um esconderijo, embora ele acha que está enganando as pessoas aparentando o que ele não é. Ele não esta enganando a Deus. O maior engano que este comete, é contra si mesmo. O fato de alguém fracassar na sua conduta cristã, não o constitui um hipócrita. Desde que ele se arrependa do fracasso, e procura sempre acertar tendo uma conduta digna do evangelho. O que constitui alguém hipócrita é tentar esconder uma conduta que desonre o Senhor Jesus Cristo, com uma capa exterior de religiosidade. É bom salientarmos que a conduta da pessoa que realmente converteu ao Senhor Jesus Cristo não tem como objetivo alcançar a salvação. Mas é por que este foi salvo por Cristo e que ele deseja, e procura viver de maneira que agrade e honre aquele que é o seu Senhor e Salvador, a saber, o Senhor Jesus Cristo, veja Efésios 2. 8-10.

Espero ter ajudado com estas considerações.

Jesué da Silva Andrade.